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Guarapuava marcas e patentes
Dúvidas Frequentes de Marca.
O que é marca?
Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços.
Como registrar?
Um pedido de registro de marca é feito pelo preenchimento de formulário, que deve ser entregue junto com o arquivo da imagem e procuração (se houver) ao INPI. O processo pode ser feito pela internet ou em papel.
A busca prévia é obrigatória?
A busca prévia de marca não é obrigatória. Entretanto, é aconselhável ao interessado realizá-la antes de efetuar o depósito, na classe (atividade) que pretende registrar seu produto ou serviço, para verificar se já existe marca anteriormente depositada ou registrada.
O que é registrável como marca?
A marca pode ser conferida para um produto ou para um serviço, contanto que tenha poder de distingui-lo de outros semelhantes ou afins. São registráveis como marca sinais visuais. Portanto, a lei brasileira não protege os sinais sonoros, gustativos e olfativos.
Posso registrar minha marca sem contratar um intermediário?
Sim. Você pode fazer o pedido de marca no INPI sem nenhum intermediário porem, não e aconselhável, pois existe o conhecimento técnico que só os especialistas possuem, e no caso de oposições ou ações judiciais, ter que contratar um profissional, assim, o processo poderá ficar bem mais caro, O mesmo vale para o acompanhamento do processo.
Quais são os direitos e deveres do titular de uma marca?
A marca registrada garante a propriedade e o uso exclusivo em todo o território nacional por dez anos. O titular deve mantê-la em uso e prorrogá-la de dez em dez anos.
Pessoa física pode requerer o registro?
A pessoa física pode requerer o registro de marca, desde que comprove a atividade exercida, através de documento comprobatório, expedido pelo órgão competente. Verifica-se a habilitação profissional diante do órgão ou entidade responsável pelo registro, inscrição ou cadastramento.
Como acompanhar o andamento do processo?
O acompanhamento é possível por meio do número do processo, através da consulta à Revista da Propriedade Industrial (RPI), o meio oficial de consulta, que está disponível gratuitamente no portal do INPI. A cada terça-feira é disponibilizada uma nova edição.
Também é possível consultar a situação e o histórico de seu processo através do sistema de busca de marcas em nosso portal.
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Quando ocorre a perda do direito?
O registro da marca extingue-se pela expiração do prazo de vigência; pela renúncia (abandono voluntário do titular ou pelo representante legal); pela caducidade (falta de uso da marca) ou pela inobservância do disposto no art. 217 da Lei de Propriedade Industrial.
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O registro de marca vigora pelo prazo de dez anos, contados da data da concessão, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos. O pedido de prorrogação deverá ser formulado durante o último ano de vigência do registro, mediante pagamento.
O que é direito do usuário anterior?
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Guarapuava é um município brasileiro localizado na região centro-sul do estado do Paraná. É o maior município em área territorial do estado. Sua população estimada era de 190 342 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. Considerado um polo regional de desenvolvimento com forte influência sobre os municípios vizinhos, faz parte também de um entroncamento rodoferroviário de importância nacional denominado corredor do Mercosul, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Curitiba. É o município mais rico do agronegócio no estado do Paraná.
Sua localização no alto do Terceiro Planalto Paranaense faz de Guarapuava um dos municípios mais frios do estado, com ocasionais registros de neve. O bioma predominante é a floresta subtropical, com vastas áreas de mata de araucárias. É ainda o maior produtor brasileiro de cevada e possui uma das maiores fábricas de malte do mundo, responsável por vinte por cento da produção nacional.[6]
“Guarapuava” deriva do termo da língua geral paulista agûarápuaba, que significa “lugar do barulho dos lobos-guarás” (gûará, lobo-guará + pu, barulho + aba, lugar).[7]
“Pérola do Oeste”, como é conhecida atualmente, e que não se confunde com o município de mesmo nome, é alcunha forjada pelo jornalista Luiz Daniel Cleve, quando, por meio do jornal O Guayra, mandava notícias da cidade para a Europa exaltando que “o pôr-do-sol de Guarapuava, a Pérola do Oeste, é o mais bonito do mundo”.[8]
Já habitada por milhares de anos pelos índios caingangues, a ocupação europeia dos campos de Guarapuava remonta às grandes questões da expansão territorial ibérica na América no século XVI, pois, segundo o Tratado de Tordesilhas, toda a porção centro-oeste do atual estado do Paraná deveria ser de comando espanhol. Entretanto, durante a União Ibérica (1580-1640) (período em que a coroa espanhola dominou o território português), houve um grande número de incursões rumo ao interior do continente a partir da capitania de São Paulo, através de expedições denominadas “bandeiras“.
Após a dissolução da União Ibérica, com o fim da Dinastia Filipina, a expansão portuguesa na América do Sul continuou até chegar às margens do rio da Prata, onde ocorreu a fundação da Colônia do Sacramento, no atual território do Uruguai. Sob efeito desta ameaça expansionista portuguesa é que houve a reformulação do acordo entre os dois países, através do Tratado de Madrid, redefinindo as fronteiras das colônias vinculadas às duas potências da época.
Contudo, a região de Guarapuava continuou sem a presença do domínio europeu até o início do século XIX. A fim de consolidar a posse estratégica deste território, que já havia recebido expedições de reconhecimento no século XVIII, a coroa portuguesa, então sediada no Rio de Janeiro, determinou a organização de uma expedição para ocupar a região através de seu povoamento e garantir a nova fronteira com a Espanha.
A Real Expedição de Conquista e Povoamento dos Campos de Guarapuava, comandada por Diogo Pinto de Azevedo Portugal, chegou à região em 1810[9] e fez construir o Fortim Atalaia, que abrigou as primeiras tropas, seus familiares e povoadores que dela fizeram parte: cerca de 300 famílias. O Fortim Atalaia, construído na região atualmente denominada Palmeirinha, protegeu os componentes da Expedição dos frequentes ataques dos índios, pertencentes às três tribos que habitavam a região (Camés, Votorões e Cayeres ou Dorins).
Ao contrário das expedições anteriores que se fizeram por monções, deslocando-se pelo rio Iguaçu, as de Diogo Pinto foram executadas de forma mais ampla, porque abriram estradas, derrubaram matas, construíram pontes, o que justificou, de maneira geral, a demora da marcha.[10]
Em 1810, os caingangues da região foram vencidos pelas tropas de Diogo Pinto de Azevedo. Assim, os “campos de Koran-bang-rê“, termo pelo qual os caingangues designavam a região, se transformaram na atual cidade de Guarapuava.[11]
Entre 1812 e 1859, Guarapuava foi a primeira localidade brasileira a receber condenados ao degredo pela justiça como forma de ocupar a região com população branca, pois os índios dominavam as matas do interior paranaense.[12]
Oficialmente, a cidade surgiu com a assinatura do Formal de Instalação da Freguesia de Nossa Senhora de Belém, em 9 de dezembro de 1819, momento em que o Padre Francisco das Chagas Lima em concordância com Antônio de Rocha Loures, tenente comandante interino da Real Expedição, determinaram a transferência da freguesia e da Igreja Nossa Senhora de Belém para o local, que, segundo o padre, era o mais adequado para a construção da igreja, a atual sede do município.
Padre Chagas foi uma personagem importante na fase inicial do povoamento, pois procurou iniciar a ocupação baseado em alguns critérios de estética, observando as prescrições contidas na carta régia de 1 de abril de 1809, do Conde Linhares, que já determinava os padrões a serem seguidos pelas edificações. Como ponto gerador do núcleo, cita-se a Catedral de Nossa Senhora de Belém, que era um ponto referencial importante para a sociedade da época. O primeiro prefeito de Guarapuava foi o coronel Pedro Lustosa de Siqueira.
No ano de 1852, no dia 17 de julho, o povoado Nossa Senhora de Belém foi elevado à categoria de vila, ainda pertencente à província de São Paulo. Em 2 de maio de 1859, foi criada a comarca de Guarapuava, sendo José Antônio Araújo de Vasconcelos o seu primeiro juiz de direito. A Vila Nossa Senhora de Belém recebeu foros de município no dia 12 de abril de 1871 pela Lei 271, sendo desmembrada do município de Castro.
Ano | Área municipal |
---|---|
1810 | 175 000,00 km² |
1960 | 11 796,23 km² |
1970 | 10 825,92 km² |
1980 | 9 825,92 km² |
1990 | 8 874,02 km² |
1992 | 5 575,25 km² |
1997 | 4 125,85 km² |
Atual | 3 178,659 km² |
O município está localizado a 25°23’36” latitude sul, e 51°27’19” longitude oeste, na região centro-sul do estado do Paraná e no terceiro planalto (também chamado de Planalto de Guarapuava). Limita-se ao norte com os municípios de Campina do Simão e Turvo, ao sul com o município de Pinhão, e a oeste com Candói, Cantagalo e Goioxim e a leste com Prudentópolis, Inácio Martins e Irati (esta última divisa, ignorada erroneamente por muitos livros)[13]
O município possui atualmente uma área de 3.168,087 km².[2] Localiza-se a 252 km da capital Curitiba, 361 km do porto de Paranaguá e 389 km da tríplice fronteira em Foz do Iguaçu. O território de Guarapuava representa 19,34% de sua microrregião, 11,78% da região centro-sul do Paraná, 1,56% do Paraná e 0,037% do Brasil.
Guarapuava já foi um dos maiores municípios do Brasil em extensão territorial, ocupando mais da metade de todo o estado do Paraná, a partir da região central até o oeste, além de todo oeste de Santa Catarina. Fazia fronteira com o Paraguai, pelas barrancas do rio Paraná e com a Argentina, através do rio Iguaçu, além do Rio Grande do Sul. Apesar de Guarapuava ter perdido grande parte de seu território, ainda é o maior município por área no Paraná.
O principal rio que cruza o município é o Rio Jordão. Contudo, o município também é banhado por diversos outros rios, como o Rio Cascavelzinho, Girassol, Coutinho, Banana, Pinhão, Cavernoso, São Francisco e São João (nascente principal do Ivaí, junto com o Rio dos Patos).
A rede de drenagem compreende os rios que percorrem as terras do município que correm para oeste, sendo direta ou indiretamente tributários do rio Paraná através de três bacias hidrográficas: a do rio Piquiri, a do rio Iguaçu e a do rio Ivaí.
Guarapuava está localizada no Terceiro Planalto Paranaense, com a altitude variando entre 1 030 a 1 130 metros na sede do município. Em média, 850 metros, na divisa com Prudentópolis, e 1 300 metros, no alto do vale do Rio Pinhão, em Entre Rios.
O Terceiro Planalto Paranaense, ou Planalto Basáltico, ou ainda Planalto de Guarapuava, é a mais extensa das unidades de relevo do estado. É formado por rochas ígneas eruptivas, principalmente basaltos, cuja alteração formou a famosa terra vermelha, a partir da Era Mesozoica.
Já na transição do Terceiro para o Segundo Planalto, na divisa com o município de Prudentópolis, a variação brusca de altitude do relevo propícia a formação de várias quedas d’água, como o Salto São Francisco, com 196 metros, é a maior queda d’água da Região Sul do Brasil.
O clima de Guarapuava pode ser classificado como clima subtropical úmido mesotérmico (Cfb, na Classificação climática de Köppen-Geiger)[14] apresentando verões frescos (temperatura média inferior a 21 °C), invernos frios com ocorrências de geadas severas e frequentes. As chuvas bem distribuídas ao longo do ano, sem ocorrência de longas estações secas. Devido ao controle do relevo, a maior quantidade de precipitação se situa à nordeste do município, se tornando mais heterogêneo a distribuição espacial das chuvas através das convecções.[14]
A altitude, que varia entre 1 030 a 1 350 metros, combinada com a latitude de 25 graus garante um clima ameno para Guarapuava a maior parte do ano. Entretanto, no inverno, podem ocorrer dias muito frios, a temperatura pode cair abaixo do ponto de congelamento, muitas vezes com geada e até mesmo neve, o que garante à cidade a condição de uma das cidades mais frias do país. Registros de neve na cidade acontecem, em média, de sete em sete anos, com ocorrências de intensas precipitações em alguns anos. Desde 1950 nevou nas seguintes datas:
Já os verões são amenos, sendo comum que as temperaturas mínimas fiquem abaixo dos 14 °C e as temperaturas máximas, em torno dos 28 °C. Nessa época as chuvas são formadas principalmente pelo frio associado à umidade, com temporais de fim de tarde, ou ainda, associada à chegada de frentes frias.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1925 e 1977 a menor temperatura registrada em Guarapuava foi de −10 °C em 18 de julho de 1975 e a maior atingiu 33,2 °C em 2 de novembro de 1968. Os maiores acumulados de precipitação em 24 horas foi de 147,2 milímetros (mm) em 3 de setembro de 1957.[15]
[Esconder]Dados climatológicos para Guarapuava | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 32,6 | 32 | 31,4 | 29,8 | 28,5 | 27,4 | 27 | 30,1 | 31,5 | 31,6 | 33,2 | 32,5 | 33,2 |
Temperatura máxima média (°C) | 26,9 | 26,7 | 26 | 23,9 | 20,7 | 19,6 | 19,5 | 21,4 | 22 | 24 | 25,5 | 26,3 | 23,5 |
Temperatura média compensada (°C) | 20,8 | 20,6 | 19,7 | 17,4 | 14,1 | 12,9 | 12,7 | 14,2 | 15,3 | 17,5 | 19 | 20,1 | 17 |
Temperatura mínima média (°C) | 16,5 | 16,4 | 15,6 | 13,4 | 10 | 8,8 | 8,5 | 9,4 | 10,8 | 13 | 14,2 | 15,5 | 12,7 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 5,2 | 5,2 | 3,2 | 0 | −3,6 | −8 | −10 | −6,2 | −2,2 | 0,6 | 3 | 6 | −10 |
Precipitação (mm) | 199,3 | 171,1 | 147,1 | 146,7 | 163,7 | 138,8 | 127 | 93 | 157 | 187,3 | 150,1 | 188,5 | 1 869,6 |
Umidade relativa compensada (%) | 79 | 81 | 80 | 80 | 81 | 81 | 78 | 73 | 75 | 76 | 74 | 77 | 78 |
Horas de sol | 155 | 151 | 156 | 153 | 143 | 139 | 153 | 163 | 141 | 150 | 163 | 156 | 1 823 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (recordes de temperatura de 1925 a 1977)[15] | |||||||||||||
Fonte 2: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (climatologia: 1976-2005)[16] |
A vegetação nativa predominante no município de Guarapuava é a floresta subtropical que é uma floresta ombrófila mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas, estas últimas representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Na área do município, há, ainda, a incidência de uma pequena extensão de campo limpo.
Sua população gira em torno de 210 000 habitantes, segundo alguns estudos e sua região engloba uma população de mais de 500 000 pessoas em suas mais variadas nuances étnicas e culturais.
Guarapuava é conhecida pela diversidade étnica, possuindo quilombo e diversas reservas indígenas espalhadas pela região, além de imigrantes e descendentes de europeus ibéricos (portugueses e espanhóis), italianos, poloneses, alemães, sérvios, croatas, ucranianos.
Muitos nobres, fazendeiros e comerciantes de origem portuguesa vieram para Guarapuava no início de sua fundação, por Dom João VI, principalmente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Guarapuava foi também colônia de degredo para muitos homens portugueses.
As primeiras famílias de Guarapuava foram formadas e influenciadas, em grande parte, por tropeiros oriundos de Minas Gerais, São Paulo e principalmente Rio Grande do Sul que usavam a cidade como rota e chegaram na região já nos primórdios de sua colonização. Os tropeiros eram descendentes, em sua maioria, de portugueses e espanhóis. Até os dias de hoje, os descendentes dos tropeiros de origem gaúcha mantêm suas tradições num dos três Centro de Tradições Gaúchas da cidade.
Alguns africanos foram trazidos para trabalhar nas fazendas da região. Embora o número de escravos no Paraná fosse inferior a 20 000, em Guarapuava a presença de africanos era mais intensa, assim como era em Castro e em Ponta Grossa. Em Guarapuava, foi fundado o único quilombo do Paraná. O Paiol das Telhas foi fundado por onze escravos libertos da fazendeira Balbina da Siqueira, em 1860, na atual cidade de Reserva do Iguaçu. Entretanto, eles foram deslocados por uma disputa judicial para o distrito de Entre Rios.[17]
A região de Guarapuava era o coração da tribo Guarani, que se estendia pelo Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina. Um grande líder guarani foi Guairacá, que intimidou o explorador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca dizendo a famosa frase “esta terra tem dono” (co ivi oguereco iara). No entanto, estes indígenas foram praticamente exterminados no processo de colonização e restaram apenas alguns vestígios de sua cultura. Atualmente, há várias reservas na região de indígenas Kaingang e Guarani.
Em meados de 1950, o município se deparou com uma nova onda imigratória. Desta vez, de famílias que se denominavam suábios do Danúbio (Donauschwaben). Os suábios são um povo de etnia e cultura germânicas que, a partir de 1720, emigraram do sudoeste da atual Alemanha (hoje estado alemão de Baden-Württemberg) para o sudeste da Europa (ex-Iugoslávia, Romênia e Hungria, que, na época integravam o Império Austríaco, de cultura germânica). Mesmo em comunidades retiradas no Império Austríaco, os suábios sofreram influência das culturas e do idioma eslavo da região que habitavam.[18] Durante e no final da Segunda Guerra Mundial, os suábios do Danúbio fugiram para a Áustria (cujo império foi fragmentado na Primeira Guerra Mundial), onde passaram vários anos em abrigos para refugiados. Com intuito de recomeçar, foram auxiliados pela organização Ajuda Suíça para a Europa (Schweizer Europa-Hilfe). Os contatos entre suábios foram feitos pelo engenheiro suábio Michael Moor e pelo governador do Paraná Bento Munhoz da Rocha Neto. Foram, então, concedidas a eles áreas ao sul de Guarapuava, entre os rios Pinhão e Jordão, formando o distrito de Entre Rios. A população do distrito conserva, até hoje, a cultura e a tradição alemã, principalmente o idioma, sendo que o local, por sua aparência arquitetônica, se assemelha muito às regiões rurais da Alemanha e do norte dos Estados Unidos. As primeiras famílias foram, também, fundadoras da Cooperativa Agrária Agroindustrial considerada uma das maiores cooperativas agropecuárias do Paraná. O distrito de Entre Rios é considerado um dos maiores do Brasil, com aproximadamente 10 000 habitantes nas colônias Vitória, Socorro, Samambaia, Cachoeira e Jordãozinho.
Muitas famílias eslavas vieram diretamente da Europa para Guarapuava no início do século XX, mas a grande maioria veio da região dos municípios paranaenses de Irati, Prudentópolis e Virmond. Há uma comunidade de descendentes de poloneses na região do Rio das Mortes, mas a maior parte dos descendentes de eslavos moram na área urbana. Em Guarapuava, há um grupo de tradições polonesas e outro de tradições ucranianas. Na cidade, há também algumas igrejas greco-ucranianas de rito bizantino, na qual são realizadas cerimônias em ucraniano.
Da mesma forma que a polaca e ucraniana, os italianos, em sua maioria, chegaram para trabalhar em Guarapuava vindos de outros municípios paranaenses, inclusive de estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Eles formam uma das maiores massas migratórias do Paraná e suas culturas são muito presentes em Guarapuava. Na cidade, há um clube de tradições italianas.
A presença germânica em Guarapuava também é marcante. Além dos suábios do Danúbio, diversas outras famílias emigraram para cidade, muito embora, da mesma forma que os italianos, vindos de outras cidades. Para Guarapuava também vieras muitas famílias de nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo, que descendiam de famílias influentes do que hoje é a Alemanha. Dentre esses nobres, estão Frederico Guilherme Virmond (Frederick Wilhelm Virmond), prussiano de origem huguenote francesa e Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, neto do Barão de Pati do Alferes.
Muitos sírio-libaneses vieram na metade do século XX; em sua maioria católicos e também muçulmanos, que construíram a Mesquita de Guarapuava.[19][20]
Guarapuava possui muitos povos e etnias. Entre elas, há etnias muito pequenas na cidade, como Argentinos, Estado-unidenses, Franceses, Africanos, entre outros, que vieram no final do século XX, como missionários religiosos, professores e estudantes.
O município de Guarapuava é constituído pelo distrito sede e pelos distritos Entre Rios, Guairacá, Guará e Palmeirinha.
A economia é variada, mas como outras cidades do mesmo porte no Paraná, ela é baseada na agroindústria. A agropecuária representa aproximadamente 18% do produto interno bruto do município. O município tem forte participação na produção agrícola do estado. O setor de serviços incorpora cerca de 47% do PIB de Guarapuava, figurando como o principal pilar da economia do município, e a atividade industrial, outro importante setor, com cerca de 35%. É considerado o município mais rico do agronegócio no Paraná e também da região sul do Brasil, de acordo com as informações da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE divulgadas em 2022.[22]
Possui o maior Shopping Center da região central do Paraná, o Shopping Cidade dos Lagos conta com já atendimento diversificado possuindo as maiores âncoras de lojas e fast-foods do Brasil e do mundo como C&A, McDonald’s, Renner, Riachuelo, Americanas, Burger King, Subway, além de um hipermercado, cinema e praça de alimentação.
A indústrias madeireira e de celulose (incluindo derivados) são os principais ramos industriais do Guarapuava. As empresas químicas, dos ramos de bebidas, produtos alimentícios e a agroindústria também possuem forte participação. A cidade é conhecida junto com sua região pela produção de erva-mate, produto base do chimarrão. Entre as indústrias manufatureiras se destaca a Santa Maria, Iberkraft, Pinhopast, Prideli, Repinho, Polijuta, Chocalates Pietrobon, Refrigerantes Neon, Agrogen, Dalba, Erva Mate 81, e muitas outras. Embora haja indústrias de destaque em Guarapuava, as principais são a Santa Maria Papel e Celulose e a Cooperativa Agrária de Entre Rios; Em 2009, a Santa Maria e a Agrária foram classificadas entre as maiores empresas do Brasil, segundo o Anuário da Revista Exame, Maiores e Melhores.[23]
Em 2008, a atividade industrial do município contribuiu com cerca de 1/3 de seu produto interno bruto, ou aproximadamente 800 milhões de reais.
Em 2005, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Guarapuava registrou o 20º maior produto interno bruto agropecuário (excluindo as agroindústrias), o maior do sul do Brasil, dez posições na frente de Castro, segunda colocada no Sul. Naquele ano. a agricultura movimentou 235 435 000 reais.[24]
É uma das maiores produtoras de batata inglesa, milho e cevada do Brasil e também uma grande produtora de soja e trigo.
A agroindústria é outro setor importante na economia municipal. A cidade conta com a maior maltaria da América Latina, que produz 20% do malte brasileiro, a Agromalte pertencente a Agrária, e também com a Brasil Foods, Agrícola Cantelli, Coamo, Codapar, Cooperativa Vale, é uma das maiores empresas no ramo de panificação do mundo, a Ireks tem sua sede do Brasil em Guarapuava, entre outras.
Fundada em 1951, por imigrantes suábios, no distrito de Entre Rios.
É uma das 5 maiores do ramo Agropecuário do Brasil, possui a Fábrica de Rações, Coopersul, o Moinho de Trigo e a Agromalte (maior maltaria da América Latina).[carece de fontes]
Possui um faturamento de 1,5 bilhão de reais, uma estrutura de mais 100 silos, dois entrepostos, uma fundação de pesquisas, criação de suínos e uma escola.
Fundada em 1962, como madeireira, pela família Podolan, na cidade de Santa Maria do Oeste. Mudou-se para Guarapuva, onde havia condições de desenvolver a fábrica de papel.
Possui um madeireira, fábrica de papel, silos de armazenamento de grãos, 2 usinas hidroelétricas e 1 termoelétrica.
É conhecida também pelo papel de alta qualidade, o qual é negociado com grandes empresas fabricantes de cadernos e com emissoras de televisão como Rede Globo e Rede Record. Já vendeu papel até para a Casa da Moeda do Brasil.[carece de fontes]
Guarapuava se encontra no corredor do turismo, na rota para Foz do Iguaçu, o que possibilita saídas diárias de ônibus para grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Guarapuava possui duas linhas férreas. A primeira, operada pela América Latina Logística, foi construída na década de 1950 e estende-se até Ponta Grossa, passando por Irati. A segunda, construída na década de 1990, se estende até Cascavel e é operada pela Ferroeste.
Guarapuava é servida pelo Aeroporto Tancredo Thomas de Farias, pertencente à administração municipal. A cidade é servida pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras com voo para Campinas através de aeronaves ATR 72-600.[25][26]
Guarapuava conta com as seguintes organizações de segurança:
Foi a primeira penitenciária industrial do Brasil[carece de fontes]. Construído em 1999, é modelo para o sistema prisional brasileiro, são 7 000 metros quadrados de área, 120 celas, e capacidade para 240 presos. Os presos trabalham na fábrica de calçados e ganham 75% do Salário Mínimo. O índice de reincidência é de 6%, enquanto a média brasileira é de 60%.
Atualmente funcionam em Guarapuava 45 escolas municipais de ensino fundamental e outras 26 escolas estaduais de ensino médio. Até o ano 2000 apenas uma instituição de ensino superior funcionava na cidade, sendo que, desde então, instituições privadas também foram inauguradas, totalizando 2 universidades pública e 3 faculdades particulares em 2016.
Guarapuava tem, como principais pontos turísticos:
O município realizava um evento cultural chamado Cavalhadas de Guarapuava. O folclore das Cavalhadas manteve-se vivo em Guarapuava, e conta com a participação de mais de mil atores amadores, provenientes de todas as camadas sociais e faixas etárias do município. Várias dramatizações foram incorporando-se ao evento, que adquiriu porte de festa temática, envolvendo gastronomia, jogos, danças, circo medieval, com a interação de príncipes, sultões e cavaleiros medievais. Desde 2003 o evento deixou de ser realizado.
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